Já na abertura, o estilista homenageia os paratletas olímpicos e panamericanos, que desfilam looks de sua coleção, ao som da Orquestra baiana do Projeto Neojiba.
A palavra “ordem” esteve presente em todo o processo de criação e Pimenta traduz este conceito em roupas-uniformes sem perder o DNA da marca, a estética definida por ele próprio como agender (sem gênero).
O designer desde que começou a trabalhar na direção criativa da West Coast, tem um foco mais utilitário e por que não dizer comercial para sua linha de vestuário, mas sem perder o foco da sustentabilidade.
O resultado foi uma coleção atemporal, com destaque, como sempre para a alfaiataria, que brinca com o mix de peças e gêneros, com referências femininas como corsets, bordados e saias contrastando com jaquetas com ombros bem marcados e botas pesadas de eletricistas.
Nas estampas destaque para as listras, que pontuam muitas das peças. Os tecidos escolhidos foram algodão, sarjas, jeans e tricolines. Na cartela de cores encontramos off-white, preto, vermelho, amarelo, azul-marinho e pele.
Em tempos onde os sonhos se fazem cada vez mais necessários, Pimenta nos faz sonhar com uma moda sem barreiras, sem gêneros mas com muita elegância e estilo.
Por André Monteiro
Fotos: Agencia Fotosite
