Cruise Collection Louis Vuitton no MAC

A maison trouxe a arte de viver francesa ao Brasil, cuja utopia ambiental oferece o cenário ideal. O idealismo brasileiro e o Rio de Janeiro foram o ponto de partida para o desfile Cruise 2017, que aconteceu no Museu de Arte Contemporânea. A coleção captura a vitalidade, energia, o multiculturalismo, a liberdade, o urbanismo futurista e o romantismo do país — todos os sentimentos dinâmicos que a cidade inspira.

Vestidos com um espírito moderno ilustram uma nova silhueta aerodinâmica. As pequenas listras nas calças alongam. Saias luxuosamente bordadas parecem ter sido rapidamente confeccionadas, à maneira de uma toalha de praia. Thongs modernos e sneakers neoprene falam de uma heroína que está constantemente em movimento.

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A coleção Cruise 2017 também faz uma homenagem a dois grandes artistas brasileiros:

Helio Oiticica foi um dos pioneiros do movimento neoconcretista e um explorador do espaço por meio da pintura. Suas obras tridimensionais mostram uma experimentação corporal com as cores. Em particular, o seu tecido de “roupas de luz”, tendas de lona e paraquedas, transformado em capas e vestidos, torna-se um lugar onde o corpo pode se movimentar livremente.

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Nicolas Ghesquière retoma o princípio da leveza: parkas revelam-se como pipas, enquanto vestidos com capa em tafetá parecem antecipar a chegada de novos ventos.

Aldemir Martins, um artista reconhecido por suas pinturas de flora e fauna, representou a vitalidade de sua região de origem, o Nordeste. Apaixonado pela cultura popular brasileira, e particularmente pelo futebol, ele fez uma homenagem ao Pelé em uma de suas mais famosas obras, “A Fera” (1969).

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Durante sua visita ao Museu de Arte de São Paulo, Nicolas Ghesquière foi à exibição “Coleção Rhodia”, um acervo com 79 obras encomendadas pela companhia francesa Rhodia nos anos 60 para artistas brasileiros a fim de promover uma narrativa sintética no país. O designer retoma a obra de Martins dessa coleção, reformulando-a de acordo com os clássicos da Maison.

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